POSTAGEM EM 22 09 2020
O dia 21 de setembro foi escolhido como o Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência por ser uma data próxima ao início da Primavera, estação em que as flores preenchem as árvores. Esse acontecimento representa a luta e a renovação das pessoas com deficiência.
A data também coincide com o Dia da Árvore, que também pode representar a luta das pessoas com deficiência. Apesar de ter se tornado lei apenas em 2005, a celebração da data foi pensada pelo ativista por Cândido Pinto de Melo, no início da década de 80. Ele foi um dos fundadores do MDPD (Movimento pelos Direitos das Pessoas Deficientes), um grupo que se organizava para discutir intervenções e transformações na sociedade.
Diversas cidades do Brasil realizam palestras e workshops durante esta semana, de 17 a 21 de setembro, em comemoração à Semana Nacional de Luta pelos direitos das Pessoas com Deficiência. Oficializado pela lei nº 11.133 de 2005, o dia 21 de setembro representa o Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência, data que já era celebrada desde 1982.
https://brasa.org.br/21-de-setembro-dia-nacional-da-luta-pelos-direitos-das-pessoas-com-deficiencia
A inclusão de pessoas com deficiência é prevista na Constituição e figura entre os direitos dos cidadãos. Na prática, no entanto, realizar essa inclusão não se resume apenas a garantir a presença dessas pessoas em todos espaços. Ainda nesses contextos, vemos alguns erros que terminam por reforçar práticas excludentes e discriminatórias.
Em muitos casos, isso acontece porque a deficiência toma um lugar central. Dito de outro modo, a pessoa passa a ser mais definida pelo o que não tem do que pelos diversos outros elementos que tem. Para quebrar esse paradigma, é necessário que as deficiências sejam lidas em um contexto de diversidade. Todos temos perfis e necessidades específicas. Todos vivemos e aprendemos cada um a nossa maneira.
Para contribuir com essa reflexão, foram selecionados dez filmes que têm como tema a inclusão de pessoas com diferentes tipos de deficiência. As obras podem ser um excelente disparador para debater, em sala de aula, a necessidade da construção de uma sociedade inclusiva.
1. Intocáveis (2012)
Classificação indicativa: não recomendado para menores de 12 anos
O filme conta a história de Philippe, um homem rico que, após sofrer um grave acidente, fica tetraplégico. Precisando contratar um assistente, sua história cruza com a de Driss, jovem de baixa renda e sem nenhuma experiência na função de cuidador. O percurso trilhado pelos dois é de aprendizagem mútua. Driss contribui para a retomada da identidade e da auto estima de Philippe a partir de um trabalho que mostra o cuidado com as deficiências, mas também uma atenção ímpar com as potencialidade envolvidas.
Classificação indicativa: inadequado para menores de 12 anos
Todos os dias, ao redor da quadra de uma escola secundária na Carolina do Sul circula James Robert Kennedy. Acompanhado de um carrinho de supermercado e um rádio, o jovem tinha por prática observar os intensos treinos de futebol americano liderados por Harold Jones, um treinador competitivo, que não tinha olhos para nada além do trabalho, tampouco para sua mulher e filha.
Um dia, uma brincadeira de mal gosto do time com James o deixa ainda mais assustado e o fecha ainda mais em seu silêncio – o jovem não fala. Até que um dia, o treinador resolve convidá-lo para assistir a um treino e pouco a pouco o insere na equipe como um assistente. O filme mostra a inclusão de “Rádio” – nome pelo qual James passa atender – numa dinâmica antes marcada pela competição e altas habilidades, trazendo sensivelmente a possibilidade de aprendizagem em outros tempos e maneiras.
Classificação indicativa: não recomendado para menores de 12 anos
Aninha, Stalone e Márcio protagonizam uma história de amizade e sonhos. Os três fogem do instituto em que viviam para perseguirem seus respectivos desejos de casar, ver o mar e voar. Ao longo da trama, os três trilham um percurso de aventura, contribuindo para que a Síndrome de Down seja retratada dentro de um contexto de autonomia, superação e aprendizagem.
4. Hoje eu quero voltar sozinho (2014)
Classificação indicativa: não recomendado para menores de 12 anos
A chegada de Léo a um tradicional colégio do Rio de Janeiro insere a comunidade escolar na pauta da inclusão: o garoto é deficiente visual. Ele garoto tem que lidar com algumas dificuldades de aceitação pela turma, até que encontra apoio em um estudante recém chegado, Gabriel, com quem acaba se envolvendo amorosamente. O filme lida com duas importantes agendas, a inclusão e o homossexualidade, evidenciando o quanto é importante que se construam relações de respeito, colaboração e diálogo.
Classificação indicativa: livre
O curta animado “Cordas” narra a amizade entre Maria, uma garotinha muito especial e Nicolás, seu novo colega de classe, que sofre de paralisia cerebral. A pequena, vendo algumas das impossibilidades do amigo, não desiste e faz de tudo para que ele se divirta e consiga brincar. Reconfigurando e recriando jogos e atividades, Maria celebra a vida do colega, aprende ao passo que ensina e emociona a todos – inclusive os espectadores -, com as possibilidades do sonho e de uma amizade verdadeira. Ao final, uma surpresa especial, que lembra a todos da importância do educar e da relação que se estabelece no ensino e aprendizagem.
Classificação indicativa: livre
O filme relata a parceria, a amizade e as dificuldades enfrentadas por dois garotos: Kevin, extremamente inteligente, sofre de uma doença degenerativa e, por conta disso, acaba ficando isolado do convívio social, e vivendo mais no mundo da imaginação; e Max, um gigante de 13 anos, que não tem o desenvolvimento esperado na escola e por conta disso é discriminado no ambiente pelos colegas. Quando os dois se encontram, uma bela amizade nasce e com ela uma relação de inteligência e força, como um contraponto às injustiças cometidas nas demais relações de convivência.
Classificação indicativa: livre
O filme conta a história de Sam Dawson, um homem com deficiência mental que tem uma filha Lucy que, quando completa 7 anos, começa a ultrapassar intelectualmente seu pai. Uma assistente social ao ver a situação quer tirar a guarda internando Lucy em um orfanato. A situação se transforma em um briga jurídica em que se discute o papel do pai e se pessoas com limitações intelectuais como Sam podem ser responsáveis por crianças.
Classificação indicativa: livre
Documentário relata a história de três irmãs cegas de Campina Grande, Maria das Neves, Regina Barbosa e Francisca da Conceição. A narrativa mostra a leitura de mundo das mulheres e a dedicação do trio à música.
Classificação indicativa: livre
No documentário, 19 pessoas dão seus relatos de como lidam com a deficiência visual. As histórias acabam abordando o olhar de uma forma mais sensível e menos ligada diretamente com o espectro exterior, sugerindo que a sociedade em geral, mesmo com a possibilidade de ver, deixou de enxergar o que é visível aos olhos.
Classificação indicativa: livre
Após a morte de seu filho, Amy deixa seu marido para se tornar professora em uma escola para crianças deficientes. Descobrindo uma nova razão para viver, ela se dedica a ensinar crianças surdas a falar, ao mesmo tempo em que elas o ensinam o verdadeiro sentido do amor.
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