22 de out. de 2020

2020 OUTUBRO - SÉRIE SENTIMENTOS DA QUARENTENA - PINTURA EM TELA FEITA PELOS ALUNOS DA ESCOLA - QUANDO TUDO ISSO PASSAR!

 



POSTAGEM EM 22 10 2020



Como lidar com os sentimentos 

em tempos de quarentena


A crise do novo Coronavírus vem nos afetando de diversas maneiras: fisicamente, emocionalmente, economicamente, socialmente e psicologicamente. E quando estamos diante de uma crise, sentir medo e ansiedade é inevitável.

Esses sentimentos são respostas normais e naturais para enfrentar situações desafiadoras causadas por perigo e incerteza. É muito fácil se perder em preocupações e ruminar sobre todos os tipos de coisas que estão fora do nosso controle: o que pode acontecer no futuro, como o vírus pode afetar você e seus entes queridos, sua comunidade, seu país, o mundo, e assim por diante. E mesmo sendo completamente natural para nós nos perdermos em tais preocupações, não é útil ou benéfico. Na verdade, quanto mais nos concentrarmos no que não está em nosso controle, mais desesperados ou ansiosos, provavelmente iremos ficar.

Então, é importante nesse momento focarmos no que está ao nosso controle. Não temos como controlar o próprio vírus ou a economia mundial, ou como o governo administra essa situação. Assim como não conseguimos controlar o que sentimos e pensamos. Mas, podemos controlar os nossos comportamentos, aqui e agora, e isso pode fazer uma enorme diferença para nós mesmos e para os que convivem conosco, assim como para toda a comunidade.

Um primeiro passo é promover a aceitação. Tente prestar atenção ao que está sentindo nesse momento, e acolha esses sentimentos, emoções, memórias e sensações. Respire lentamente, e apenas observe seus pensamentos.

As nossas emoções têm valor adaptativo e servem para nos preparar para as ações necessárias ao lidar com um estímulo relevante em nosso ambiente. Nos fazem mais cuidadosos e precavidos, ou nos dão o impulso necessário para defender nossos direitos. São uma forma de comunicação em nossas relações, e podem nos fornecer informações sobre o contexto que estamos vivendo e seu impacto em nossa vida. Ao aprendermos a lidar melhor com as emoções e sentimentos, conseguiremos nos comportar de forma mais coerente com nossos valores pessoais e objetivos de vida.

Precisamos estar abertos, gentis e sem julgamentos nesse momento de pandemia, proporcionando espaço para os sentimentos difíceis que esse cenário atual está nos causando. É preciso acolher as nossas emoções, e as emoções das pessoas com quem nos relacionamos, validar e não menosprezar, compartilhar e ouvir empaticamente. Pois esses sentimentos difíceis continuarão aparecendo enquanto esta crise se desdobra, como o medo, ansiedade, raiva, tristeza, insegurança, solidão, frustração, confusão, e muitos mais.                                   Por isso, praticarmos autocompaixão e autocuidado será essencial nesse momento.

A forma de sentir os acontecimentos e mudanças, são únicas e diferentes em cada indivíduo, e, portanto, os comportamentos de cada pessoa também serão diferentes. Então, empatia e consciência coletiva são palavras importantes para esse momento, pois precisamos mais do que nunca, nos colocarmos no lugar do outro para entender essas diferentes formas de pensar e agir durante a crise, para assim não julgar e até mesmo orientar de forma respeitosa e acolhedora, conseguir dialogar sobre opiniões diferentes de um jeito saudável e amigável.

É preciso pensar em maneiras simples de cuidar de nós mesmos e daqueles com quem vivemos, praticar gestos de cuidado e ações de apoio como por exemplo cozinhar uma refeição saudável e prazerosa, conversar e ter tempo de qualidade com quem convivemos, falar sobre o que estamos sentindo ou até mesmo escrever sobre num papel, praticar jogos e brincadeiras, manter uma boa rotina de sono, se movimentar com atividades físicas ou dança, explorar a criatividade em atividades artesanais, entre outras atitudes que podem trazer bem-estar e prazer. Durante o dia, pergunte a si mesmo ‘O que posso fazer agora – não importa quão pequena a sua ação possa parecer – que melhora a vida para mim, de quem convivo e das pessoas na minha comunidade?’.

Se estiver muito difícil vivenciar tudo isso, procure ajuda de um profissional da saúde. O momento é de se cuidar e de pensar coletivamente.

Autora: Bruna O. Silva - Psicóloga Clínica Comportamental (CRP 08/26118).

https://transmissao.psc.br/post/aceitacao--como-lidar-com-os-sentimentos-em-tempos-de-quarentena 


Sentimentos desenhados

 durante a quarentena


           NOSSAS CRIANÇAS FORAM CONVIDADAS                    A DESENHAREM SUAS EMOÇÕES




De uma simples garatuja, aquele rabisco que tem a "pretensão" de desenho, até verdadeiras historinhas das crianças um pouco mais velhas. Tristeza, saudade da escola, alegria por não estar doente ou medo de perder alguém para o coronavírus são revelados por meio do projeto da escola tendo como base uma telinha de pintura para desenhar os sentimentos durante a quarentena.

"O novo coronavírus mudou a rotina das famílias e das crianças, impactando muito seu cotidiano. Neste momento, é fundamental acolhê-las e criar um ambiente em que elas possam expressar seus sentimentos. A ideia surge para estimular as crianças a contar como estão se sentindo por meio de desenhos."

 A criança expressa na brincadeira, no desenho, na fantasia, o que está sentindo e o que está descobrindo sobre o mundo. "No momento, temos um contexto coletivo presente na casa de todas as famílias. Muitas crianças estão ouvindo algumas palavras como 'vírus' e 'pandemia', e não recebem explicação sobre o significado dessas palavras. E, ao não saber o significado, reproduzem e entendem da maneira que os recursos próprios permitem."

O desenho possibilita acessar o mundo interno, as percepções, afetividade, aflições, angústias e desvenda como a criança experimenta sua individualidade em relação aos outros e ao meio ambiente. A capacidade intelectual, atitude perceptiva, desenvolvimento físico, gosto estético e desenvolvimento social são alguns dos reflexos dessas produções.


"É possível ver no mesmo desenho a expressão de tristeza e também de felicidade, pontos positivos e negativos sobre o que eles estão vivendo. Os desenhos expressam desejos, como casas com todos os moradores fora dela, ou fatos da realidade, como olhar o mundo pela janela em um momento que estamos privados da possibilidade de sair de casa. Essa é a magia do ato de desenhar - poder expressar fantasia, desejos, sentimentos, colocar para fora o que está dentro." 

Alguns desenhos feitos por crianças na quarentena revelam como estão lidando com as duas faces da pandemia. "O lado ruim e o lado positivo, ou seja, o que podem tirar de proveito diante de uma situação difícil, nos dando uma grande lição de maturidade e de integração dos opostos. Por exemplo, algumas relatam gratidão por poderem estar junto de suas famílias (muitas delas, talvez, por nunca poderem conviver tanto tempo com seus pais, em função do trabalhos deles), por não estarem doentes e também por não terem nenhum parente infectado. E também por terem aprendido a mexer no computador e por poderem conversar com os colegas pelo telefone."

*Psicóloga Ana Beatriz Chamati, analista do comportamento e coordenadora do curso de Formação em Desenvolvimento Humano da Infância e Adolescência no Instituto de Psiquiatria da USP.

*Análise da neuropsicóloga Edyleine Bellini Peroni Benczik, doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano
 pela Universidade de São Paulo.


https://domtotal.com/noticia/1441712/2020/05/sentimentos-desenhados-durante-a-quarentena/


























#contaçãodehistórias #alfabetizaçãoeletramento #aulasremotas

Quando tudo isso passar!


https://www.youtube.com/watch?v=rn4UkPK_yDM

Produção e Edição: Profª Aninha

Nenhum comentário:

Postar um comentário