POSTAGEM EM 15 09 2020
Sentimentos são o que seres biológicos são capazes de sentir nas situações que vivenciam. Por exemplo, medo é uma informação de que há risco, ameaça ou perigo direto para o próprio ser ou para interesses correlatos.
A empatia é informação sobre os sentimentos dos outros. Esta informação não resulta necessariamente na mesma reação entre os receptores, mas varia, dependendo da competência em lidar com a situação, e como isso se relaciona com experiências passadas e outros fatores.
Um sentimento é uma decisão (disposição mental) que alguém toma em sua mente, ou alma, ou espírito, a respeito de outrem ou algo. Por este conceito, toda e qualquer palavra que denota emoções quando usada, pode ser classificada como sentimento quando se refere a algo que podemos ou não escolher fazer (se é um ato pode-se cometê-lo ou não, não é um instinto fora do controle da consciência) ou seja, que possua uma forma verbal. Exemplos:
- Amor - Amar (pode-se ou não cometer o ato de amar, a si mesmo, a outrem ou a algo);
- Ódio - Odiar (pode-se ou não cometer o ato de odiar, a si mesmo, a outrem ou a algo);
- Alegria - Alegrar (pode-se ou não cometer o ato de alegrar, a si mesmo, a outrem ou a algo);
- Tristeza - Entristecer (pode-se ou não cometer o ato de entristecer, a si mesmo, a outrem ou a algo).
Estes sentimentos (estas decisões ou disposições mentais) porém, vão promover emoções no corpo que, estas sim, serão sentidas. Por isso, uma pessoa que ama outra, por haver tomado essa decisão de amar essa outra, mesmo depois de sofrer algum mal cometido pela pessoa amada, pode continuar amando-a, muitas vezes sem entender como pode amar ao mesmo tempo que sente a emoção característica do momento da ira, ou da dor da traição, ou alguma outra emoção que, racionalmente, poderia conduzir a pessoa que ama a querer deixar de amar.
Um problema que pode confundir o entendimento nesta concepção do que é sentimento, é o fato de que, geralmente, os nomes usados pra se referir a um sentimento, também são os mesmos usados pra se referir às emoções mais características
destes mesmos sentimentos.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sentimento
O que é sentimento?
https://www.diferenca.com/emocao-e-sentimento
O sentimento é o resultado de uma experiência emocional. Neste sentido, as reações geradas pelas emoções de forma consciente serão os gatilhos para a criação de sentimentos. Geralmente, são sensações que acontecem no “fundo da mente” e podem ser facilmente escondidas do mundo ao redor.
Entender a relação entre as emoções e os sentimentos é crucial para o autoconhecimento. Isto porque um sentimento é algo profundo e que pode ser disfarçado pelo indivíduo. Por isso, é de extrema importância ter alguém de confiança com quem a pessoa possa dividir seus sentimentos.
Diferentemente das emoções, os sentimentos podem não ser passageiros e, em alguns casos, podem durar a vida toda. Casos de sentimentos negativos (como tristeza profunda) podem causar doenças, como a depressão.
Apesar de serem menos intensos que as emoções, os sentimentos duram muito mais tempo. O que pode ser bom (como um sentimento de amor) ou ruim (como um sentimento de ódio).
Além disso, a causa do sentimento não é facilmente identificada, o que pode gerar angústia e sofrimento para quem lida com sentimentos negativos. Por ser de âmbito extremamente íntimo, o sofrimento pode passar despercebido por todos.
Exemplos de sentimentos
De modo geral, os sentimentos são vistos como uma disposição mental perante algo ou alguém. Entre os exemplos de sentimento, pode-se citar:
- Amor
- Felicidade
- Ódio
- Inveja
- Compaixão
- Decepção
Estes são apenas alguns dos sentimentos mais comuns dos seres humanos, uma vez que dependendo do indivíduo, vários outros podem se apresentar. Há o sentimento de curiosidade, gratidão, justiça, medo, entre centenas de outros.
O que é emoção?
Uma emoção é uma reação a um estímulo ambiental. Neste sentido, podem causar experiências subjetivas e até mesmo alterações neurobiológicas. Elas ocorrem em uma região subcortical do cérebro e podem gerar mudanças no corpo.
Ao ser exposto à alguma emoção, o cérebro libera hormônios que alteram o estado emocional da pessoa. Isto quer dizer que podem ocorrer reações físicas, como palpitações, choro, suor e até mesmo dores inexplicáveis.
No entanto, diferente dos sentimentos, gerados a partir das emoções, essas reações são automáticas. Ou seja, perante algum acontecimento, cada pessoa passará por uma emoção distinta, que será desenvolvida no cérebro instantaneamente.
Por isso, são geralmente relacionadas à comunicação, pois são perceptíveis por outros indivíduos ao redor da pessoa emotiva. Logo, é possível identificar a origem da emoção caso seja analisada no momento, pois são geradas por fatos.
Apesar disso, uma pessoa pode ter uma emoção diferente da outra em um caso idêntico. Isto porque também dependem da experiência de vida de cada um, suas crenças e sentimentos, que são bem mais complexos que as emoções.
Isto explica porque em alguns casos certos indivíduos respondem de maneira diferente a determinados acontecimentos.
Exemplos de situações emotivas
As emoções causam reações físicas. Apesar de alguns indivíduos serem capazes de controlar estas reações para que não afetem o mundo ao redor, muitos consideram extremamente difícil manter as emoções sob controle.
Abaixo, listamos alguns exemplos:
Ao voar do Rio de Janeiro para São Paulo, o avião passa por uma área de turbulência e gera um ataque de pânico (uma emoção) em uma passageira. Esta é ajudada pela comissária de bordo, que tem uma experiência de vida diferente daquela da passageira, podendo agir para tentar acalmá-la.
Após uma discussão acalorada em um bar depois de duas cervejas, dois homens acabam se envolvendo em uma briga. O conflito foi iniciado porque um discordou do que o outro acreditava, o que gerou emoções de irritabilidade, que por consequência levou a uma reação de iniciar uma luta entre os discordantes.
- Um caçador é confrontado por um lobo, o que desencadeou uma emoção de nervosismo. No entanto, por estar acostumado com este tipo de situação, o indivíduo consegue manter as reações sob controle e pensar rapidamente na melhor estratégia para não sofrer um ataque por parte do animal.
A ilha dos sentimentos - Varal de Histórias
História Cantada: "A Ilha dos Sentimentos"
(Reinildo Câmara) - Música: Ariane Barbieri
Alerta aos pais: vocês podem estar criando
crianças melancólicas
Especialistas em infância advertem: excesso de cuidados com os filhos, de vontades atendidas e de atividades na agenda pode dar origem a uma geração incapaz de exercitar a criatividade e lidar com frustrações.
É típico da criança desejar, sonhar, criar, fantasiar, mas características dos tempos atuais parecem estar colocando em risco essas habilidades. Se em outras épocas as crianças já foram mais reprimidas e pouco ouvidas, hoje, em muitas famílias, a educação dos filhos parece mirar o outro extremo: excessivamente atendidas em suas vontades, imersas em uma agenda repleta de compromissos e cercadas por uma abundância de objetos que nem conseguem dar conta de retirar das caixas e aproveitar, meninos e meninas, alertam especialistas, podem estar se tornando melancólicos.
Comumente interpretada como tristeza, a melancolia é mais do que isso. Trata-se de um estado de indiferença, desinteresse, suspensão do desejo. Aos olhos desses pequenos, tudo se equivale, nada tem graça ou parece valer o investimento. São crianças que não toleram a falta e se frustram com facilidade. Conduzidas de um lado a outro sem ter um momento para exercitar a criatividade e pensar no que gostariam de fazer, elas são tomadas por apatia.
Some-se a isso o esforço dos pais em poupar os filhos das perdas e dos aborrecimentos inerentes à esfera familiar e ao mundo que os cerca, inventando justificativas para mascarar a verdade ou blindando-os contra as cenas mais amargas – a morte de um animal de estimação, a separação do casal, a mudança de bairro ou escola por conta dos altos custos, a visão do pedinte maltrapilho na sinaleira. O resultado é que as crianças acabam por habitar um mundo irreal, estéril, pobre em experiências e sensações, onde não é possível testar as ferramentas psíquicas fundamentais para que possam amadurecer e enfrentar os reveses da existência.
A tentativa de reorientar essas práticas depende de uma ampla reflexão. Para começar, Julieta Jerusalinsky, psicanalista membro do Centro Lydia Coriat e da Associação Psicanalítica de Porto Alegre (Appoa), propõe a desconstrução de uma imagem forte e arraigada: a da infância que se resume a um período de felicidade plena e constante, imune a dissabores. Trata-se de idealização, ilusão, aponta ela. Como em qualquer outra fase, os primeiros anos reservam suas parcelas de bons e maus momentos. Há de se abrir espaço para tristezas, perdas, frustrações. Os percalços não podem ser ignorados, "pulados", como se não fossem vistos, sendo encobertos rapidamente por uma distração ou um presente. Atrair a atenção da criança para outro lado não faz com que a dor desapareça.
– Elaborar uma tristeza é o que permite que a gente não se melancolize. Se não encontramos no outro os recursos para isso, vamos ficando anestesiados e mortificados. Esse é o paradoxo: justamente ao tentar evitar toda e qualquer tristeza é que se pode acabar empurrando alguém para a melancolia – explica Julieta.
Julieta reflete:
– Vivemos uma época em que todos estão muito assaltados pela apreensão imediata do acontecimento, mas na vida é preciso também ter tempo e espaço para elaborar o que nos acontece: os acontecimentos tristes que nos afligem e também aquilo que é prazeroso. Não basta ver um filme, preciso ver um filme e poder conversar com o outro sobre o que nesse filme nos afetou. Não basta fazer uma viagem e tirar uma quantidade infindável de selfies, é preciso poder falar do que a gente gostou, do que não gostou. A vida implica uma elaboração das vivências para que elas se tornem experiências, e isso passa pela alegria e pela tristeza. Não é fazer uma apologia da tristeza, mas é elaborando certos acontecimentos tristes que podemos dar lugar à complexidade do que é viver e, assim, tornar os acontecimentos da vida transformadores.
Os pais, muitas vezes sentindo-se culpados por estarem ausentes, na tentativa de poupar e compensar os filhos escorregam para o excesso de satisfações. Apelam, com frequência, a dois recursos: a mentira e a pronta reposição. Tome-se o exemplo da morte de um animal doméstico. Em vez de contar que o mascote não resistiu aos ferimentos causados por um atropelamento, dizem que "ele quis ir embora". Na cabeça da criança, essa versão pode dar impulso a uma série de questionamentos: "Foi embora por quê? Ele não gostava de viver aqui? Não se sentia cuidado por nossa família?". No caso de um carrinho que caiu no chão e quebrou, pode parecer mais fácil – e mais eficiente para cessar a choradeira – descartar o item avariado e comprar um novo.
– Em vez de representar a falta e elaborar a dimensão da perda, quando entramos com a criança na via de restituição do objeto, ou na via de esquivar o acontecimento doloroso, nós a empurramos para uma situação muito pior, porque não compartilhamos com ela os recursos que permitem elaborar as perdas e as faltas, e isso cria uma fragilidade psíquica muito maior – comenta Julieta.
Pais sempre tentam fazer o melhor que podem, enfatiza Julieta. A psicanalista explica que não se trata de ter respostas prontas para tudo – as questões, além de serem muitas, vão mudando ao longo das diversas fases do desenvolvimento. Mais do que isso, o importante é poder escutar o que os filhos dizem, partindo então para uma construção conjunta com eles. O melhor a fazer é compartilhar experiências e impressões, inclusive a respeito do que não se sabe. Julieta recorda de um quadro que adornava sua casa na infância – acompanhava a figura de um macaco a seguinte inscrição: "Quando eu aprendi todas as respostas da vida, mudaram todas as perguntas".
– Ser pai e mãe consiste menos em saber as respostas de antemão e mais em interrogar-se – define a psicanalista.
https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/vida/noticia/2016/09/alerta-aos-pais-voces-podem-estar-criando-criancas-melancolicas-7613517.html
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